Crisis on Infinite Earths (ou Crise
nas Infinitas Terras, como foi publicada em português) foi uma série de histórias em quadrinhos publicada pela
editora estadunidense DC comics em doze edições em 1986. Caracterizou-se
como uma saga no universo fictício de super-heróis daquela editora,
atingindo os mais importantes personagens publicados por ela, como o Superman, o Batman, a Mulher-Maravilha
e o Flash. Crise foi roteirizada por Marv
Wolfman e desenhada por George Perez. O título da série foi inspirada em
histórias cruzado anterior envolvendo as Terras Paralelas do Multiverso, tais como a "Crise na Terra
Dois" e "Crise na Terra Três" etc. No contexto da ambientação em
que se insere, a história teve fundamental importância para a editora pois
teria eliminado o conceito de Multiverso, que se baseava em criar Terras
Paralelas com heróis diferentes ou versões alternativas dos heróis famosos
da editora. Os eventos repercutiram simultâneamente em todas as revistas de super-heróis
da editora da época. Esse tipo de evento foi repetido pela DC em outras
oportunidades, como na série Lendas e na saga Milênio. ( Entendendo
Crise nas Infinitas Terras ) Entre a década de 1930 e 1950, a DC Comics
era responsável pela publicação de um grande número de revistas de
super-heróis: em junho de 1938, temos o nascimento de Superman; em 1939,
lança-se o Batman, seguido pela publicação de Mulher-Maravilha, Lanterna Verde,
Flash e muitos outros personagens. Era de
Ouro. Contudo, conforme foi chegando o fim da década de 1950, alguns
personagens foram perdendo a popularidade; tornou-se necessário reformular
alguns de seus personagens, criando versões modernas e mais populares de alguns
desses super-heróis. Dava-se início à Era de Prata
dos quadrinhos. O Flash, por exemplo, foi reformulado e tornou-se Barry Allen,
que se intitulava Flash II porque se inspirava em Jay Garrick, o Flash I.
Entretanto, como explicar o fato de que o Superman lutara ao lado de Flash I e
agora estava lutando ao lado de Flash II? A solução criada foi: esses dois
personagens existiam, porém em mundos paralelos. Os poderes de supervelocidade
de Barry Allen permitiram que ele cruzasse a fronteira dimensional e rompesse a
barreira vibratória entre os dois mundos, fazendo com que ele encontrasse Flash
I e eles se tornassem bons amigos. Essa história está na HQ “Flash de dois
mundos” (Flash of Two Worlds, The Flash vol.1 #123. vídeo completo da Revista Abaixo>>>>>
E foi a primeira de muitas a
mostrar o cruzamento temporal e espacial de personagens da Era de Ouro e da Era
de Prata. A partir desse momento, convencionou-se que a Terra da Era de Prata seria a “Terra Ativa”; e a terra da Era de Ouro seria a “Terra Paralela”. Na Terra
Paralela existiam também as versões mais velhas e menos poderosas do
Superman e do Batman, e a a Sociedade da Justiça; na Terra Ativa havia a Liga da Justiça. Posteriormente, a
Sociedade da Justiça se encontraria várias vezes com a Liga da Justiça
atravessando as dimensões. Confuso, não é? Então, imagine que à medida que a DC
ia comprando outras editoras, como a Fawcett (depois de uma longa
briga judicial) e a Charlton, essas eram incluídas como outras Terras Paralelas – aumentando ainda mais o número
de Terras. Essa multiplicidade de universos paralelos não estava sendo
devidamente administrada pela DC Comics. E isso estava afastando os leitores
novos e confundindo os antigos ; era difícil entender qual era a cronologia
oficial de cada herói, quais eram os fatos considerados ou não em cada um dos
universos.
Eis que nos anos 80 a DC Comics iria completar 50 anos, e essa não era uma boa maneira de comemorar seu aniversário… Surge então, em 1985-86, a saga “Crise nas Infinitas Terras”, que destruiu e zerou a cronologia de cada um dos heróis, dando à DC a oportunidade de criar um universo mais simples de se entender. A Crise unificou os personagens sobreviventes e suas origens em um único universo coeso. São convidados Mary Wolfman e George Peres, os artistas mais conceituados do momento, para escrever a reestruturação do universo DC. MonitorBem, na saga da Crise das Infinitas Terras, temos duas forças poderosas e diametralmente opostas: o bondoso Monitor e o vilão Anti-Monitor, que foi criado como resultado do mesmo experimento que criou o Multiverso. Anti-Monitor estava ameaçando a estabilidade do mundo através de uma força da natureza denominada “antimatéria”, capaz de destruir tudo por onde passava, ou seja: seres humanos, construções, países, elementos naturais… galáxias… e todo o Multiverso. Ciente deste terrível fato, o Monitor decide convocar aqueles que julga capaz de evitarem que Anti-Monitor atinja seus objetivos assassinos: chamar os maiores heróis de todos os Universos, para que lutassem para evitar destruição iminente.
Anti-Monitor - Um grupo de heróis foi enviado, sob a tutela de
Monitor, com o objetivo de proteger os maquinários programados para fundir as
Terras sobreviventes em uma única Terra, que fosse capaz de sobreviver à
destruição pela antimatéria. Mas Anti-Monitor não iria deixar isso acontecer
sem represálias, e então ataca os presentes, criando conflitos de dimensões tão
grandes que envolvem quase todos os heróis do Universo DC. Infelizmente, Monitor é morto por sua assistente que estava possuída pelos
demônios de Anti-Monitor; contudo, havia antecipado os fatos de tal forma que o
advento da sua morte liberou energia para proteger os últimos 5 universos
restantes enquanto heróis atacarem o Anti-Monitor.
Os heróis estavam acostumados com embates, mas não dessa forma, e eles tem que
lidar com sentimentos de culpa, das mortes, renascimentos e mudanças que
aconteceriam. A trama é gigantesca, cheia de batalhas lindas de se ver (obra
dos reconhecidos artistas). No fim da batalha contra o Anti-Monitor, o
espaço-tempo é desfeito, e os vários elementos das cinco Terras existentes
anteriormente são fundidos na única e nova Terra, unificando assim as sagas da
DC que viriam pela frente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário